
Estava deitada em minha cama ontem à noite refletindo sobre as dores, desilusões e certa decisão que havia tomado. Veio-me a lembrança o meu primeiro amor e a decisão se fortaleceu, pedindo para que agisse de forma diferenciada. Não é justo esse acúmulo de aflições e frustrações.
A visão veio aos poucos, embaçada e distante até se aproximar e eu conseguir vê-lo no primeiro instante em que fez meu coração bater.
Já fui para a escola alfabetizada por minha irmã. Eu adorava escrever, mas tudo o que conseguia nas minhas brincadeiras de secretária com a irmã da minha cunhada eram rabiscos, um caderno cheio de riscos de todos os tipos. Então pedi minha irmã que me ensinasse a ler e escrever. Começamos devagar e eu cansei logo, logo. Brincar de boneca era mais fácil. Dias depois, chegou à notícia que eu seria matriculada no pré- escolar com cinco anos. Foi uma festa para mim. Não me lembro ao certo o porquê, mas sei que não fui para o pré- escolar. Voltei aos estudos em casa, quando me dei conta já lia de tudo, já usava a matemática, e resolvia todos os exercícios das cartilhas que a minha irmã me trazia da escola onde ela lecionava. Nunca vou me esquecer da “Casinha feliz”, a cartilha que me ensinou a ler, a escrever e a amar esse mundo novo em que podia viver através das letrinhas.
Minha irmã leu para mim numa só noite o livro do “Rei linguão e o país dos avessos” e quando eu o li, o sabor e o prazer experimentados eram diferentes. Recordo-me do segundo livro, o “Trem fantasma”. Sempre viajei na leitura, nas personagens. Eu era todas se possível fosse.
Depois da passagem de um ano no pré- escolar “Os três porquinhos”, aos sete anos fui para a primeira série.
O primeiro dia de aula trás consigo a ansiedade, o medo, a insegurança. Todos esses sentimentos juntos capazes de provocar uma sensação esquisita no estômago. Mamãe me levou até a escola, me deixou com a minha nova professora, deu-me um beijo na testa e se foi. Sentei-me na fila do canto direito.
A visão veio aos poucos, embaçada e distante até se aproximar e eu conseguir vê-lo no primeiro instante em que fez meu coração bater.
Já fui para a escola alfabetizada por minha irmã. Eu adorava escrever, mas tudo o que conseguia nas minhas brincadeiras de secretária com a irmã da minha cunhada eram rabiscos, um caderno cheio de riscos de todos os tipos. Então pedi minha irmã que me ensinasse a ler e escrever. Começamos devagar e eu cansei logo, logo. Brincar de boneca era mais fácil. Dias depois, chegou à notícia que eu seria matriculada no pré- escolar com cinco anos. Foi uma festa para mim. Não me lembro ao certo o porquê, mas sei que não fui para o pré- escolar. Voltei aos estudos em casa, quando me dei conta já lia de tudo, já usava a matemática, e resolvia todos os exercícios das cartilhas que a minha irmã me trazia da escola onde ela lecionava. Nunca vou me esquecer da “Casinha feliz”, a cartilha que me ensinou a ler, a escrever e a amar esse mundo novo em que podia viver através das letrinhas.
Minha irmã leu para mim numa só noite o livro do “Rei linguão e o país dos avessos” e quando eu o li, o sabor e o prazer experimentados eram diferentes. Recordo-me do segundo livro, o “Trem fantasma”. Sempre viajei na leitura, nas personagens. Eu era todas se possível fosse.
Depois da passagem de um ano no pré- escolar “Os três porquinhos”, aos sete anos fui para a primeira série.
O primeiro dia de aula trás consigo a ansiedade, o medo, a insegurança. Todos esses sentimentos juntos capazes de provocar uma sensação esquisita no estômago. Mamãe me levou até a escola, me deixou com a minha nova professora, deu-me um beijo na testa e se foi. Sentei-me na fila do canto direito.
A “Elisa Cavalcanti” era uma gracinha, com as suas paredes todas em tijolinhos vermelhos, eu achava lindo. Depois de toda agitação, apresentação, finalmente a professora começou a escrever no quadro. O sol entrava forte pela janela, não tínhamos cortina, e os alunos do meio até o outro canto foram privilegiados com os raios ultra-viloeta. Eu olhei para lá, aquele sol forte nos meus olhos e logo eu avistei uma criaturinha sentada no meio. Sua pele branca estava rosada devido ao sol, seu cabelo loiro-escuro, lisinho estava meio grudado na testa. Uma gotinha de suor escorregava pelo canto do seu rosto. Ele estava altamente concentrado no que estava escrevendo do quadro. E eu alí, altamente concentrada no que ele estava fazendo com meu coração. Nunca senti meu coração pulsar tão rápido. Algo parecia gelar dentro de mim e tudo o que eu queria fazer era olhar para ele. Lembro-me das palavras que saíram displicentes naquele instante. “Que lindo... Meu Deus ele parece um príncipe.”
2 comentários:
Você escreve muito bem...
Lindo post
Abraços
Tem razão, princesa Hara!
O choro é uma recarga automática para alma.
Só não pode chorar muito, senão... a alma corre o risco de explodir de tanta carga (rsrsrsrsrsrsrsrsrs)!
Um chorinho, de vez em quando, faz bem. :)
Um beijãooooooo.
Pedro Antônio
Postar um comentário