sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O homem metrô


Na vida estamos em constante passagem. Ninguém é fixo, ninguém é estável. Entramos na vida de alguém, deixamos marcas boas ou ruins, mas só as marcas são para sempre. Às vezes nossa passagem demora um tempo maior na vida de alguns, a ponto de não ser esquecida, a ponto de tornar-se importante. Quando alguém marca a nossa vida com a sua passagem, não se espera por sua partida, pois temos sempre em nós a sensação de que tudo é eterno. Daí o choque quando o telefone toca e anuncia a morte trágica daquele amigo que esteve com você no fim de semana passado, ou daquele que viajou de férias e você não teve tempo de se despedir, ou até mesmo daquele que se mudou para outra cidade e você perdeu o contato. Nunca esperamos. Essa é a realidade imutável. O coração humano é feito um metrô, tem gente entrando e saindo. Alguns voltam todos os dias, outros não mais. E como conduzir esse metrô...? Se não há como prender alguém em sua passagem. Mas há como fazer de sua passagem a melhor. A vida é inconstante... Incógnita. É isso que a torna interessante.

2 comentários:

[ rod ] ® disse...

a vida é uma viagem de encontros e desencontros e as marcas, mesmo as más, são válidas para o nosso aprendizado...

Anônimo disse...

Estava passeando pela Blogosfera, e no caminho encontrei teu Blog...gostei, puxei uma cadeira e sentei...!!!!
Parabéns, lindo teu Blog e seus textos são de muito bom gosto!
Abraços!